O tão sonhado momento em adquirir um meio de locomoção onde não venha mais depender de transporte público de má qualidade e com preço de passagem acima do aceitável faz o cidadão de Alagoinhas buscar alternativas, como os ciclomotores, popularmente conhecidos como cinquentinhas ou scooters. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, ciclomotor é o "veículo de duas ou três rodas, provido de motor de combustão interna cuja cilindrada não exceda a 50 cm³ (cinquenta centímetros cúbicos), equivalente a 3,05 pol (três polegadas cúbicas e cinco centésimos), ou de motor de propulsão elétrica com potência máxima de 4 kW (quatro quilowatts), e cuja velocidade máxima de fabricação não exceda a 50 km/h (cinquenta quilômetros por hora)".
Atualmente, a maior vitrine que se tem para procurar cinquentinhas e diversos outros modelos com maiores cilindradas são as redes sociais, nos famosos marketplaces. Essas plataformas de comércio online permitem aos utilizadores da rede social comprar e vender produtos e serviços. Porém, o interessado precisa ficar atento aos diversos anúncios suspeitos, principalmente quando o valor está abaixo da tabela. Nesse caso, o nível de desconfiança deve aumentar, e a exigência da nota fiscal torna-se essencial, pois criminosos têm usado cada vez mais esses canais para vender veículos de origem ilegal como se fossem legais.
“Estou buscando uma cinquentinha para comprar, e o primeiro lugar que resolvi procurar foram pelas redes sociais. Os preços estão ótimos, mas quando questiono sobre a nota fiscal, a conversa é sempre encerrada e sou bloqueada”, disse uma leitora do Alagonews. “Outro ponto que sempre procuro observar é a data de criação do perfil. Existem vários perfis que foram criados recentemente e com vários anúncios. Isso também pode ser levado em consideração”, finalizou a leitora.
Números
Em todo o estado da Bahia, foram registradas em 2024, 11.052 ocorrências por roubo, segundo painel estatístico da Secretaria de Segurança Pública do estado. Isso equivale a uma média de 30 ocorrências por dia.
Tive a moto roubada: o que fazer?
Em casos como esse, a orientação é para que a vítima registre um boletim de ocorrência em qualquer delegacia. Depois, deve dirigir-se à delegacia de furtos e roubos, que será responsável por investigar o crime. Caso o dono encontre o veículo sendo vendido na internet, a Polícia Civil alerta para que ele não se arrisque marcando encontro com o anunciante.
Como saber se o anúncio é de uma moto roubada?
Quem compra pela internet também precisa ficar atento. No caso de nossa leitora, a moto estava sendo anunciada por um valor bem abaixo da média, indício de que poderia ser produto de crime. Outro ponto foi a comunicação interrompida após questionamento sobre a nota fiscal.
Confira pontos importantes antes de comprar um veículo:
A documentação do veículo anunciado deve estar registrada no nome do anunciante.
Pelo chat da plataforma de anúncio, solicite a placa do veículo.
Pela placa, consulte o preço do veículo na tabela Fipe e desconfie se o preço do anúncio estiver muito abaixo.
Outro ponto muito importante é que o consumidor se proteja, pois caso seja flagrado com um produto roubado, é configurado o crime de receptação culposa. A pena é de detenção de um mês a um ano, ou multa, ou ambas as penas.
A receptação culposa é prevista no parágrafo 3º do artigo 180 do Código Penal.
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